Fundamentos

 



Os fundamentos são as raízes da
experiência humana.


Os fundamentos são o núcleo da teoria (e da prática também).

Os fundamentos (identificados pela sigla 'fund') são o núcleo da teoria da realidade como ela é. Eles são os nossos princípios, raízes, cânones, dogmas, regras, máximas, leis.

Mais do que simples aspectos componentes da realidade, eles são as únicas proposições que fazemos aos leitores e estudantes, ou seja, recomendamos o aprendizado, adoção e prática dos fundamentos na vida de cada um.

Com isso, além de reconhecermos que os fundamentos descrevem a realidade como ela é, nós também afirmamos que aprender os fundamentos e incorporá-los como valores pessoais tem o efeito (intrapessoal e interpessoal) de enriquecer a nossa vida, permitindo que pensemos melhor, sintamos melhor e que convivamos melhor com os demais.

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Fontes de influência.

Origem dos fundamentos desta teoria: todas as incontáveis influências e leituras na vida de seu autor, e em especial as Ordens da Constelação Familiar, que são a base - mais ou menos adaptada - de três dos cinco fundamentos.

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Você troca a leitura de centenas de livros por apenas um? 

(ainda sobram milhares, mas mesmo assim rs)

Os fundamentos também trazem um grande ganho de tempo para a vida de seus estudantes. Minha opinião é de que o conhecimento e entronização dos cinco fundamentos pode ser capaz de economizar na leitura de algumas centenas de livros cuja essência é uma variação ou desdobramento de um dos cinco fundamentos apresentados aqui. Sim, as leituras trazem outras informações relevantes, e conhecer as variações dos fundamentos é uma forma indireta de alcançá-los, mas desperdiçar um caminho direto à fonte dos conhecimentos fundamentais de nossa vida é perder um tempo precioso que não temos.

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Para que servem?

Os fundamentos nos ajudam a lidar com viéses típicos que atrapalham a nossa vida, tais como: 

- Preferir e confundir as sombras da caverna, a aparência das coisas, o estado atual dos componentes da realidade, com a existência de cada coisa, que não deixa de existir só porque a sua forma mudou,

- Preferir e confundir o ideal da perfeição, que nos promete uma utopia definitiva e completa, em vez de aceitar a variação da vida e a sua natural dinâmica de forças, 

- Preferir e confundir as conexões e subordinações que a vida impõe com a autonomia que a vida permite, 

- Preferir e confundir a autonomia, relativa, que a vida permite com a ausência de relações que nos conectam entre si e formam um todo maior que nos abrange.

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Os fundamentos são:

1) Existência,

2) Variação,

3) Pertencimento,

4) Autonomia

5) Dança das Forças,

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Fundamentos (fund)

Os fundamentos da realidade como ela é são os princípios basilares, os valores essenciais, as regras superiores, as diretrizes e o "dna"de nossa realidade, do que ela é e do que ela pode ser.

Os fundamentos são a única proposição que fazemos nesta teoria da realidade como ela é. A proposta que fazemos é que devemos, a cada momento, reconhecer e reinventar:

a) existência das coisas como são em nosso mundo, 

b) a variação que faz com que tudo mude o tempo todo no mundo,

c) o pertencimento que faz com que tudo esteja conectado a uma realidade maior,

d) a dança das forças que faz com que as coisas se influenciem umas as outras, que estejam em tensão quando num equilíbrio estável e sempre propensas a um movimento que decorre da interação sobre todas as forças.

e) a autonomia que tem cada ser, cada parte, cada realidade, de ser como é, e de, ainda que minimamente, se justificarem-se a si próprios,


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Os fundamentos em síntese.

E para apresentarmos os fundamentos com frases simples que fazem uma síntese parcial do que  significam, podemos dizer que:

1) Tudo existe, mesmo que sua aparência mude conforme as circunstâncias, e mesmo que eu não veja tais realidades, que eu não as toque, aceite ou compreenda,

2) Tudo varia, mesmo que conserve-se pelo tempo suficiente para assim ficar gravado em minha memória, fazendo com que aquela representação estática da realidade seja generalizada como uma abstração que está quase sempre desatualizada em relação ao que representa,

3) Tudo está conectado, ainda que mantenha uma autonomia relativa a certos aspectos, autonomia parcial que as partes têm em relação ao todo maior que compõem, e mesmo que nossa ação natural seja a de separar a realidade em partes para que possamos compreende-las e elabora-las abstratamente,

4) Tudo vale por si, mesmo que valha também, e em igual importância, dentro das relações que mantém com os demais aspectos da realidade,

5) Tudo está numa dança de forças, mesmo que num certo momento encontre-se num estado de equilíbrio simétrico e estático, cuja aparente "soma zero" é um circunstancial ajuste de forças que em breve voltarão a se reequilibrar de outra maneira.

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Os fundamentos como competências para vivermos melhor.

Agora, quando juntamos o domínio dos fundamentos com o domínio das habilidades e formação, temos uma fórmula que leva esses fundamentos para além de serem componentes e descrições abstratas da realidade, tornando-os habilidades pessoais que, aprendidas, nos tornam capazes de compreender melhor o mundo em que vivemos e agir nele de forma mais benéfica aos outros e a nós mesmos.

A fórmula dos fundamentos como habilidades pessoais é reconhecer e reinventar:

1) Reconhecer e reinventar a existência,
2) Reconhecer e reinventar a variação,
3) Reconhecer e reinventar o pertencimento,
4) Reconhecer e reinventar a autonomia,
5) Reconhecer e reinventar a dança das forças.

'Reconhecer' é competência mais passiva, que poderia também ser descrita como "aceitar as coisas como são". 'Reinventar' é competência mais ativa, que significa criar a realidade a nossa imagem, ou melhor, recria-la na medida da nossa visão e das nossas forças. Ambas perspectivas são necessárias e válidas como habilidades para exercermos os fundamentos em nosso cotidiano.

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Cada fundamento em si é o mais importante de todos.

Os fundamentos são encontrados misturados na realidade, e a sua separação e análise é um ato de abstração. Mesmo assim, cada um deles é, em si, completo e final. Tal como no livro de Howard Marks (The most important thing, com múltiplos capítulos), cada um deles é o princípio mais importante da realidade, e temos portanto cinco princípios que são perfeitos em si mesmos (mesmo que sejam incompletos em relação ao todo maior que é a realidade como ela é).

Essa abordagem, de tratar cada coisa como a mais importante de todas as outras, e tratá-las todas assim, é uma decorrência da aspecto da imanência, de considerar as coisas em si próprias. Consideradas em si próprias cada uma delas é, em si, a mais importante de todas. A outra forma é considerá-las em relação a outras coisas e aspectos. Os aspectos em si e em relação são igualmente relevantes.


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Parafraseando Iain McGilchrist, e aplicando sua fórmula aos fundamentos:

a) Não existem coisas que existem, mas tão somente Existência, que se manifesta como coisas que existem,

b) Não existem coisas que variam, mas apenas Variação, que se manifesta como coisas que variam,

c) Não existem coisas que pertencem, mas apenas Pertencimento, que se manifesta como coisas que pertencem,

d) Não existem coisas que são autônomas, mas apenas Autonomia, que se manifesta como coisas que são autônomas,

e) Não existem coisas equilibradas e desequilibradas, mas apenas a Dança das Forças, que se manifesta como coisas em estado equilibrado e desequilibrado.


Enfim, assim como a realidade como ela é é o último estágio das sucessivas e infinitas formações de realidades maiores a partir de realidades menores, os fundamentos são o último estágio das sucessivas e longas formações de aspectos maiores a partir de aspectos menores. Assim, é natural que os fundamentos se manifestem nos demais aspectos, mas estes não os contém.


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Cada fundamento tem graus que podem ser considerados partes integrantes dele.

Embora a síntese dos fundamentos possa os fazer parecer óbvios e simples, nada mais enganoso que isso. Em cada um deles cabe um mundo de possibilidades, por vezes incoerentes, por vezes incompletas. Assim  pode ajudar no aprofundamento imaginá-los numa escala crescente-decrescente de componentes análogos que expressam algumas de suas facetas, ou seja, como graus daquele fundamento:

1) A existência varia sua estabilidade e perenidade em aspectos como a) o estado atual, b) os estados possíveis, e c) a própria realidade,

2) A variação varia o grau da mudança realizada partindo da a) incerteza, passando pela b) alteração e pela c) transformação, até chegar à d) criação,

3) O pertencimento começa com uma simples a) convergência ou b) contato, para depois criar c) conexões que estabelecem d) relações que formam um grande emaranhado que interliga todas as partes ao todo, e os todos menores aos todos maiores, formando ao final o e) pertencimento,

4) A autonomia que mal se mostra quando algo é a) indistinto, mas já está minimamente revelada em algo que é b) subordinado, antes mesmo de ser c) livre e mesmo que nunca venha a ser d) soberano.

5) A dança das forças oscila, constante ou inconstantemente, do caótico ao ordenado, sendo que na dança das forças temos tanto o a) caos e seu processo de b) entropia quanto a c) sintropia e seu resultado de d) equilíbrio.


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Aqui você encontra a lista de todos os aspectos da teoria e pode usá-la para navegar por eles.


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Crédito da foto:Jeremy Bishop: https://www.pexels.com/pt-br/foto/filiais-setores-galhos-ramos-6212885/

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